sábado, 4 de outubro de 2014

“As únicas limitações são aquelas que estabelecemos em nossa mente.”


Napoleon Hill, um famoso escritor americano, autor do best-seller “Quem Pensa Enriquece”, tem uma história muito interessante sobre deficiência para contar. Seu filho nasceu surdo e sem orelhas. Anos antes do seu filho nascer, ele tinha escrito a frase: “As únicas limitações são aquelas que estabelecemos em nossa mente.” Então, foi posto à prova, e teve que enfrentar de frente e com muita luta para descobrir que, a frase que criou é realmente verdadeira.

Foi assim que ele decidiu que seu filho iria ouvir e falar!

E a batalha começou, com aquele bebezinho lindo e surdo no colo, ele contava histórias para dormir. Como assim contava histórias!!! É isso mesmo, ele contava história para um garotinho surdo e sem orelhas!

Isso chama-se fé! Chama-se também certeza, certeza que não há limitação, as limitações que existem são apenas aquelas que estabelecemos em nossa mente.

É um pouco longo, mas vale a pena ler esta parte do capítulo do livro na íntegra. Acredito que após a leitura, você começará a ver oportunidades em todas as coisas que você recebe da vida, inclusive deficiências.

Detalhe importante: Este livro foi escrito no ano de 1936 e publicado pela primeira vez em março de 1937 – o que quero dizer é que, na época não haviam os recursos que temos hoje para os deficientes auditivos – e mesmo assim ele acreditou!

Livro: QUEM PENSA ENRIQUECE

Capítulo 1: DESEJO

Parte: O DESEJO SUPERA A MÃE NATUREZA

Para encerrar adequadamente este capítulo, quero apresentar uma das pessoas mais incomuns que conheci. Eu o vi pela primeira vez há vinte e quatro anos, poucos minutos após seu nascimento. Ele veio ao mundo sem qualquer vestígio físico de orelhas, e o médico admitiu, quando pressionado a opinar, que a criança provavelmente jamais conseguiria ouvir nem falar.
Desafiei a opinião do médico. Tinha o direito de fazê-lo, pois era o pai do bebê. Naquele momento, tomei a decisão que, no entanto, revelei apenas ao meu coração. Decidi que meu filho ia ouvir e falar. A natureza podia mandar-me uma criança sem orelhas, mas não podia obrigar-me a aceitar a realidade daquela situação. Em minha mente, sabia que meu filho iria ouvir e falar. Como? Tinha a certeza de haver um caminho que, de um jeito ou de outro, eu encontraria.
Pensei nas palavras do imortal Emerson: “O curso de todas as coisas nos ensina a fé. Só precisamos aprender. Existe um guia para cada um de nós e, ouvindo humildemente, reconheceremos a palavra certa.”
A palavra certa? Desejo! Mais do que qualquer outra coisa, eu desejava que meu filho não fosse um surdo-mudo. E nunca abri desse desejo, nem por um segundo.
Muitos anos antes, eu havia escrito: “As únicas limitações são aquelas que estabelecemos em nossa mente.” Pela primeira vez, me perguntava se aquela seria uma afirmação verdadeira. Deitado na cama, diante de mim, estava um recém-nascido sem os recursos naturais necessários à audição. Ainda que pudesse ouvir e falar, algo lhe faltaria para sempre. Certamente, não se tratava de uma limitação que ele tivesse imposto a si próprio.
O que eu poderia fazer a respeito? De alguma forma, encontraria um jeito de transplantar para a mente daquela criança o meu desejo ardente, de tal modo que o som chegaria a seu cérebro sem a ajuda de ouvidos.
Tal logo a criança fosse crescida o bastante para cooperar, eu encheria sua mente com o desejo ardente de ouvir, para que a natureza, por seus próprios métodos, transformasse isso em realidade física.
Guardei os pensamentos para mim, sem fazer comentários. Todos os dias, renovava minha promessa: meu filho não seria surdo-mudo.
A medida que o menino crescia e começava a notar as coisas ao seu redor, tivemos a impressão de que conseguia ouvir nitidamente. Quando atingiu a idade em que as crianças usualmente começam a falar, ele não o fez, mas suas atitudes demonstravam que estávamos certo: ele percebia alguns sons. Era tudo o que eu precisava saber! Estava convicto de que, se podia ouvir, embora pouco, meu filho conseguiria desenvolver a audição. Então, algo aconteceu que me encheu de esperanças, vindo de um lugar inteiramente inesperado.
Compramos um toca discos. Quando ouviu música pela primeira vez,o menino entrou em êxtase e logo se apropriou do aparelho. Em pouco tempo, havia desenvolvido uma preferência por algumas músicas, entre elas, It’s a long way to Tipperary. Certa vez, fez tocar o disco por quase duas horas, em que ficou de pé diante do aparelho, com os dentes cravados na beira da caixa de som. Só alguns anos mais tarde compreendemos o significado desse hábito desenvolvido por ele, porque na época ainda não tínhamos ouvido falar do princípio da “condução óssea” do som.
Pouco tempo depois de meu filho ter se apropriado do toca-discos, descobri que ele me ouvia com razoável clareza quando eu falava com os meu lábios tocando o seu osso mastóide, ou na direção da base de seu cérebro. Essas descobertas me deram os meios necessários para que eu começasse a realizar o desejo de ajudar meu filho a desenvolver a audição e a fala. Nessa época ele arriscava falar certas palavras. A perspectiva estava longe de ser animadora, mas o desejo apoiado pela fé não conhece a palavra “impossível”.
Certo de que ele podia ouvir com clareza o som da minha voz, comecei imediatamente  a transferir para sua mente o desejo de ouvir e falar. Logo descobri que o menino gostava que eu lhe contasse histórias na hora de dormir, assim, pus mãos à obra, criando histórias destinadas a desenvolver nele a autoconfiança, a imaginação e um intenso desejo de ouvir e ser normal.
Havia especialmente uma história que eu enfatizava, dando-lhe novas e dramáticas cores a cada vez que a contava. Com isso tentava plantar na mente da criança o pensamento de que sua deficiência não era uma desvantagem, mas um recurso de grande valor. Apesar de todas as filosofias que eu havia estudado indicarem claramente que cada adversidade traz consigo a semente de uma vantagem equivalente, preciso confessar que não fazia a menor idéia de como tal deficiência poderia tornar-se um fator positivo. No entanto, continuei minha prática de integrar essa filosofia às histórias da hora de dormir, esperando que um dia ele mesmo encontrasse um meio de tirar proveito da sua deficiência.
A razão me dizia francamente que não havia compensação adequada para a falta de ouvidos e do aparelho natural de audição. Mas o desejo apoiado na fé, superou a razão e inspirou-me a continuar.
Analisando a experiência, posso ver agora que a fé depositada em mim pelo meu filho teve muito a ver com o impressionante resultado. Ele jamais questionou o que eu lhe dizia. Eu o convenci que possuía uma nítida vantagem sobre os irmãos mais velhos, vantagem esta que se manifestaria de diversas maneiras. Os professores por exemplo, observando que ele não tinha orelhas, lhe dariam especial atenção e o tratariam com extraordinária gentileza. E foi o que aconteceu. A mãe dele trato disso, visitando os professores e solicitando mais cuidado com aquele aluno. Também o convenci que quando tivesse idade para vender jornais, ele teria uma grande vantagem sobre os irmãos – então vendedores de jornais -, já que as pessoas lhe pagariam mais, ao ver que a falta de orelhas não o impedia de ser um garoto inteligente e esforçado.
Notamos que gradualmente, a audição do menino melhorava. Além do mais, a deficiência não fizera dele um tímido. Mais ou menos aos 7 anos, ele nos deu a primeira prova de que a estratégia de trabalhar sua mente começava a dar frutos: insistia em vender jornais, mas a mãe não concordava, achava perigoso deixá-lo sair à rua sozinho.
Ele, então, decidiu resolver a questão. Uma tarde em que ficou em casa com os empregados, pulou a janela da cozinha, alcançando o quintal, e foi à luta. Pediu 6 centavos emprestados ao sapateiro da vizinhança, comprou jornais, vendeu-os, reinvestiu o dinheiro e, durante a tarde inteira, repetiu a operação. Após fazer as contas e pagar ao “banqueiro” o dinheiro que havia tomado emprestado, teve um lucro líquido de 42 centavos. Quando chegamos em casa naquela noite, nós o encontramos dormindo em sua cama, com o dinheiro bem apertado na mão.
Então a mãe abriu-lhe a mão, pegou as moedas e chorou. Chorar pela primeira vitória do filho parecia tão inadequado! Minha reação foi inversa. Ri alegremente, porque soube que o esforço para plantar na mente daquele menino uma atitude de autoconfiança fora bem sucedido.
Sua mãe viu um pequeno menino surdo que, em seu primeiro empreendimento, tinha ido para as ruas sozinho e arriscado a vida para ganhar dinheiro. Eu vi um pequeno negociante corajoso, empreendedor, ambicioso e autoconfiante, cuja fé em si mesmo havia subido 100%, já que entrara no mundo dos negócios por conta própria e vencera. O resultado me agradou, porque percebi nele aptidões que o acompanhariam pela vida afora. O futuro confirmaria isso. Quando o seu irmão mais velho queria alguma coisa, deitava-se no chão, esperneava, chorava – e conseguia. Quando o “pequeno menino surdo” queria alguma coisa, planejava um meio para ganhar dinheiro e comprava o objeto desejado com recursos próprios. E ele ainda faz isso!
Na verdade meu filho me ensinou que deficiências podem ser aceitas como obstáculos e usadas como desculpas, ou consideradas degraus a serem galgados rumo a uma meta estabelecida.
O menino surdo cursou o ensino fundamental, o ensino médio e a faculdade sem ouvir os professores, a menos que falassem perto dele e bem alto. Nunca frequentou escolas especiais. Não permitimos que ele aprendesse a linguagem dos sinais.
Estávamos determinados a fazê-lo levar uma vida normal, com outras crianças, e mantivemos essa decisão, embora nos tenha custado acalorados debates com a diretoria das escolas.
Quando cursava o ensino médio, tentou usar um aparelho elétrico para surdez. Não deu certo, pois meu filho havia nascido sem qualquer vestígio do sistema auditivo natural. Tal condição foi descoberto pelo dr. J. Gordon Wilson, de Chicago, durante uma cirurgia na cabeça a que o menino se submeteu aos seis anos.
Na última semana de aulas na faculdade, (dezesseis anos depois da operação), aconteceu um fato que marcou definitivamente sua vida. Pelo que parecia puro acaso, ele recebeu outro aparelho elétrico para surdez, ainda em teste. Tendo em vista o desapontamento anterior, hesitou em aceitar. Finalmente sem muito interesse, pegou o aparelho, colocou-o no ouvido, ligou a bateria e pronto! Como num passe de mágica, seu constante desejo de ouvir normalmente tornou-se realidade. Pela primeira vez na vida, ele ouvia praticamente tão bem quanto qualquer um. “Deus operou misteriosamente as suas maravilhas.”
Deslumbrado pelo mundo diferente que o novo aparelho lhe apresentou, ele correu ao telefone, ligou para a mãe e ouviu perfeitamente a voz dela! No dia seguinte ouvia claramente as vozes dos professores, pela primeira vez na vida, sem que precisassem gritar ou chegar perto! Ouviu o rádio. Ouviu o cinema falado. Afinal, podia conversar livremente com outras pessoas sem que tivessem necessidade de falar alto. Tinha entrado em um mundo diferente. Com nosso desejo persistente, havíamos nos recusado a aceitar o engano da natureza e a induzimos a corrigir-se, por intermédio dos meios práticos disponíveis.
O desejo tinha começado a pagar dividendos, mas a história não estava completa. O rapaz ainda teria que encontrar um meio prático e definido para converter sua deficiência em uma vantagem equivalente.
Talvez sem entender plenamente o significado do que havia conseguido, mas entusiasmado com a descoberta do novo mundo dos sons, ele escreveu uma carta para o fabricante do aparelho, descrevendo em detalhes sua experiência. Alguma coisa na carta, algo que talvez não estivesse escrito as linhas, mas entre elas, fez que a companhia o convidasse a ir à Nova York. Chegando lá foi levado a conhecer a fábrica, e enquanto contava ao engenheiro chefe sobre a mudança operada em seu mundo, uma intuição, uma ideia ou inspiração – chame como quiser – surgiu em sua mente. Foi esse impulso de pensamento que converteu sua deficiência em vantagem destinada a pagar dividendos em forma de dinheiro e felicidade a milhares de pessoas por muito tempo.
O ponto central daquele impulso de pensamento era o seguinte: ocorreu-lhe que ele poderia ajudar milhões de pessoas surdas que atravessam a vida sem o benefício de um aparelho de surdez, caso pudesse achar um meio de contar a sua história.
Naquele exato momento decidiu devotar o resto da sua vida a ajudar deficientes auditivos.
Durante um mês, ele pesquisou intensamente analisando todo o sistema de marketing da fábrica de aparelhos de surdez, e criou meios de comunicar-se com os deficientes auditivos do mundo inteiro, de modo a partilhar com eles seu “mundo diferente”, recentemente descoberto. Ele elaborou um planejamento de dois anos, baseado em suas conclusões. Quando apresentou o plano à companhia, foi imediatamente oferecido um cargo, para que conseguisse levar o plano adiante.
Ao começar o trabalho, nem sonhava estar destinado a levar esperança e alívio a milhares de deficientes auditivos que, sem sua ajuda, estariam condenados para sempre ao silêncio.
Pouco depois de tornar-se sócio do fabricante, ele me convidou a uma aula oferecida pela empresa, para ensinar deficientes auditivos a ouvir e falar. Apesar de desconhecer o método, fui à aula. Eu me sentia um tanto cético, porém tinha esperanças de não estar perdendo tempo. O que vi me levou a entender melhor o que u havia feito para despertar e manter vivo na mente do meu filho o desejo de ouvir normalmente. Vi deficientes aprendendo a ouvir e a falar por meio do mesmo princípio que eu usara, mais de vinte anos antes, para livrar meu filho do silêncio.
Assim, por uma estranha volta da roda do destino, Blair e eu estávamos destinados a auxiliar aqueles que ainda nem haviam nascido, por sermos os dois únicos seres humanos que eu saiba, a estabelecer definitivamente o fato de que uma deficiência poderia ser corrigida a ponto de permitir uma vida normal. Se havia sido possível para um, seria possível para outros.
Não tenho dúvidas de que Blair teria sido um surdo-mudo por toda a vida se sua mãe e eu não tivéssemos moldado sua mente como fizemos. O próprio médico que fez o parto disse, confidencialmente, que a criança poderia nunca ouvir e falar. Há pouco tempo, o dr. Irving Voorhees, um notável especialista em casos semelhantes, examinou Blair muito cuidadosamente. Ficou espantado ao verificar como meu filho ouve e fala bem, pois segundo ele o exame indica que “teoricamente, o rapaz não seria capaz de ouvir de forma alguma”. Mas ele ouve, apesar de os raios X demonstrarem que não existe qualquer abertura no crânio que permita a ligação entre som e cérebro.
Quando implantei na mente do meu filho o desejo de ouvir, falar e viver como uma pessoa comum, esse impulso foi acompanhado de uma estranha influência que fez a natureza construir uma ponte sobre o abismo do silêncio, ligando o cérebro ao mundo exterior por meios que nem os mais capacitados especialistas foram capazes de interpretar. Seria sacrilégio conjeturar a respeito desse milagre da natureza e imperdoável deixar de contar ao mundo tudo o que sei sobre a humilde parte que me cabe nessa estranha experiência. É meu deve e um privilégio dizer que acredito, e não sem motivos, que nada é impossível àquele que apoia seu desejo numa fé inabalável.
Na verdade um desejo ardente possui meios estranhos de se transformar em seu equivalente material. Blair desejou ouvir normalmente; e conseguiu! Nasceu com uma deficiência que poderia facilmente levar alguém com um desejo menos definido às ruas com uma canequinha na mão. No entanto, o que seria uma desvantagem serviu de meio para a prestação de um serviço a milhares de deficientes auditivos, além de garantir-lhe um emprego útil e uma remuneração adequada para o resto da vida.
As “mentirinhas brancas” que coloquei em sua mente quando ele era criança, levando-o a acreditar que sua deficiência se tornaria uma vantagem, foram justificadas. Na verdade, não há nada certo ou errado, que a crença e o desejo ardente, juntos, não possam realizar. Eles estão aí, à disposição de todos.
Em toda a minha experiência no trato com homens e mulheres com problemas pessoais, jamais encontrei um caso que demonstrasse mais significativamente o poder do desejo.
As vezes, autores cometem o erro de escrever sobre assuntos a respeito dos quais não possuem apenas um conhecimento elementar ou superficial. Tive a sorte e o privilégio de usar a deficiência do meu filho para testar a eficácia do poder do desejo.  Talvez tenha sido providencial o que aconteceu, pois certamente ninguém está mais preparado do que ele para servir de exemplo do poder do desejo posto à prova. Se até  mãe natureza vergou-se diante da força do desejo, parece-lhe lógico que seres simplesmente humanos possam derrotar um desejo ardente.
O poder da mente humana é estranho e imponderável! Não entendemos o método pelo qual a mente utiliza cada circunstância, cada indivíduo, cada objeto a seu alcance, como meio de transformar o desejo em sua contrapartida física. Quem sabe, um dia, a ciência descubra esse segredo.
Plantei na mente do meu filho o desejo de ouvir e falar, como uma pessoa comum ouve e fala. Esse desejo tornou-se realidade. Plantei em sua mente o desejo de converter sua maior deficiência em sua maior vantagem. Esse desejo foi realizado. O modus operandi pelo qual um resultado espantoso foi alcançado não é difícil de descrever. São três fatos bem definidos: primeiro, misturei a fé com o desejo de ouvir normalmente e passei isso para o meu filho; segundo, comuniquei-lhe o meu desejo de todas as formas possíveis e imagináveis, em um esforço contínuo e persistente, durante vários anos; terceiro, ele acreditou em mim!
Quando eu terminava este capítulo chegou-me a notícia da morte de madame Shuman-Heink. Um parágrafo curto no texto da notícia apontava o estupendo sucesso como cantora dessa mulher especial. Transcrevi o parágrafo, porque nele se vê que ela chegou ao sucesso exatamente pelo desejo.
No início da carreira, madame Shuman-Heink visitou o diretor da Vienna Court Opera para que lhe testasse a voz. Mas o teste não aconteceu. Depois de um rápido olhar na jovem sem graça e pobremente vestida, o diretor exclamou de modo nada gentil:
- Com essa cara e nenhuma personalidade, como pode esperar ser bem-sucedida em ópera? Minha jovem, desista da ideia. Compre uma máquina de costura e vá trabalhar. Você nunca será uma cantora.
“Nunca” é tempo demais! O diretor da Vienna Court Opera entendia muito da técnica do canto, mas sabia pouco sobre esse poder do desejo quando ele se torna ideia fixa. Se soubesse mais sobre esse poder, não teria cometido o engano de condenar um gênio sem dar-lhe uma oportunidade.
Há alguns anos, um dos meus sócios ficou doente. Como piorava a cada dia foi encaminhado a um hospital para ser operado. Quando ia ser levado para a sala de cirurgia, olhei-o e pensei: “Como alguém tão magro e abatido como ele conseguirá enfrentar com sucesso uma operação tão séria?” O cirurgião avisou que havia pouca chance – ou quase nenhuma – de vê-lo novamente com vida. Mas essa era a opinião do médico, não a do paciente. Antes de entrar na sala, ele murmurou baixinho:
            - não se preocupe chefe, eu estarei fora daqui em poucos dias.
A enfermeira olhou para mim com pena. Mas o paciente saiu realmente são e salvo. Depois que tudo acabou o médico disse:
            - Ele foi salvo pelo desejo de viver. Nunca teria sobrevivido se tivesse aceitado a possibilidade da morte.
Creio na força do desejo apoiado pela fé porque vi esse poder levar homens de origem muito humilde a posições de poder e riqueza; eu o vi livrar vítimas das garras da morte; eu o vi servir de meio para que indivíduos recomeçassem após terem sido derrotados das mais diversas formas; eu o vi dar ao meu filho uma vida normal, feliz e bem-sucedida, apesar de a natureza ter trazido ao mundo sem os ouvidos.
Como pode alguém despertar e usar o poder do desejo? A resposta está neste capítulo e nos capítulos seguintes. Esta mensagem chegou ao mundo ao fim da mais longa e, talvez, mais devastadora crise econômica que os Estados Unidos já conheceram. Seria razoável supor que chamasse a atenção principalmente, daqueles que perderam fortunas, de outros, que ficaram sem emprego e de muitos que precisaram reorganizar seus planos e recomeçar. A todos esses, gostaria de transmitir a ideia de que toda realização, qualquer que seja sua natureza ou objetivo, precisa começar com um desejo ardente e intenso por algo definitivo.
Por intermédio de algum estranho e poderoso princípio de “química mental” nunca revelado, a natureza integra ao impulso de um forte “desejo, aquele “algo mais” que não reconhece a palavra “impossível” e não aceita o fracasso”.





sexta-feira, 30 de maio de 2014

uSound - Aplicativo que transforma celular em aparelho auditivo.

Novidade - uSound
Aplicativo que transforma celular em aparelho auditivo.
Este artigo saiu em algumas fontes de comunicação esta semana, vale a pena dar uma lida para conhecer essa novíssima tecnologia, que pode ajudar muito os deficientes auditivos com perda moderada e severa.

Argentinos criam app que transforma celular em aparelho auditivo

Aplicativo de baixo custo foi criado por estudantes universitários.
Custo é de US$ 30 ao ano, segundo criadores.


Um grupo de estudantes de engenharia de Jujuy, extremo norte da Argentina, criou o aplicativo uSound, capaz de transformar o celular em um poderoso aparelho auditivo de baixo custo para pessoas com problemas de audição, uma opção já está disponível para usuários do sistema Android.
"Só uma em cada 40 pessoas com perda auditiva tem acesso ao equipamento médico necessário para mitigar seus problemas", disse Ezequiel Escobar, de 28 anos, um dos fundadores do uSound, o equipamento que deu origem ao aplicativo homônimo.
A invenção tomou forma junto com seus colegas da Universidade Católica de Santiago del Estero, em sua sede de San Salvador de Jujuy, 1.500 km ao norte de Buenos Aires.
Ao preço de US$ 30 por ano, Escobar e outros cinco estudantes – a maioria alunos de engenharia de sistemas e todos com idades entre 20 e 28 anos – conseguiram com o uSound "emular as funções de um aparelho auditivo que custa entre US$ 500 e US$ 2.000 com um smartphone e fones Bluetooth ou cabo", contou.
Com o uSound, os jovens participaram da competição internacional Cup da Microsoft e foram selecionados, após a inovação ter sido difundida na mídia local argentina. Atualmente, pode-se baixar o programa gratuitamente e o interessado pode conseguir uma licença sem ter que pagar nada por 30 dias para testar o serviço com todas as suas funções.
O custo do aplicativo é de US$ 2,5 mensais ou US$ 30 anuais e está disponível na Google Store.
Uma invenção para um amigo 
A inspiração para a invenção, contou Escobar, foi um colega de faculdade que acabou abandonando a carreira porque não ouvia bem, e quando não conseguia um lugar perto do professor, perdia a aula.
"Com o uSound, por exemplo, uma pessoa hipoacústica pode colocar o celular na mesa do professor e, não importa a que distância esteja, usando fones Bluetooth, pode ouvir perfeitamente", explicou o jovem empreendedor.
Escobar explicou que durante o período de testes, houve mais de 3.000 downloads de Argentina, Brasil, Espanha e Estados Unidos, entre outros países. O aplicativo também oferece a possibilidade de realizar, preventivamente, uma audiometria com o celular. Depois de realizá-la, o usuário entra no aplicativo e o programa altera automaticamente o nível de audição necessária para o usuário.
O grupo já tem escritórios em Jujuy, capital da província homônima do estado do norte da Argentina, e em Santiago do Chile. Além disso, esperam abrir no começo de 2015 outros na Espanha, aliado à Telefónica, e nos Estados Unidos (Houston ou Vale do Silício).
Especialistas da organização sem fins lucrativos MAH (Mutualidad Argentina de Hipoacúsicos) comemoraram o lançamento deste aplicativo, mas advertiram para a necessidade de que os pacientes tenham acompanhamento e controle médico e evitem a automedicação.
"Ainda não testamos o aplicativo, mas deve-se levar em conta que, segundo a legislação vigente, o uso de próteses auditivas deve ser prescrito por um otorrinolaringologista e a escolha é feita por fonoaudiólogos", disse Horacio Cristiani, diretor geral da instituição.
O especialista considerou que "é um aplicativo que pode ajudar as pessoas a aproximar os usuários da tecnologia da amplificação a um custo reduzido, sem que se sintam complexados pelo uso de uma prótese".

Fontes:




sábado, 17 de maio de 2014

Lei de Cotas – Se fosse para Igualar... Ela não seria separada.

Alguém pode me dizer qual é a diferença entre dois caras, cada um em sua mesa de trabalho, cada um com seu computador, os dois possuem os mesmos recursos tecnológicos, os dois se formaram na mesma faculdade e curso, os dois tem especialização na área de suas formações, os dois trabalham na mesma empresa... Alguém consegue enxergar?

Vou te contar:

_ Um tem uma perna, o outro tem duas; um consegue levantar e ir rapidinho ao banheiro, o outro tem uma super habilidade de andar com uma perna só; um tem um filho, o outro tem dois; um joga futebol aos domingos com os amigos, o outro jogo futebol aos sábados com os amigos amputados; um recebe um bom salário, o outro recebe três vezes mais!

“Lei de Cotas” Se fosse para igualar a pessoa com deficiência, não seria necessária a criação de vagas separadas, ou uma lei que obrigasse o empregador a contratar pessoas que Eles consideram deficientes! O que quero mostrar com o texto acima, é que não há diferença INTELECTUAL ALGUMA entre as pessoas citadas, mas o que as empresas e sociedade enxergam é, a deficiência física da pessoa como se todo o “ser dela” fosse deficiente, inclusive a mente e intelecto! Isso é um absurdo que deve ser mudado! Entenda, o cara só não tem uma perna!!! E daí! A diferença entre eles é apenas física, emocional, financeira e social.

“Deficiências” e Deficiências

Tem muita gente que conheço que tem todas as pernas e braços, mas são tão deficientes em algumas áreas de sua vida, deficientes para executar alguns trabalhos, deficientes para entender certas opiniões e conceitos e, muito mais...
Tem muita gente que conheço com deficiência física, visual ou auditiva, que são tão Eficientes no que fazem, tão Eficientes no trabalho que executam, tão Eficientes em tratar bem as pessoas, tão e, tão e, tão Eficientes em...

Todos temos alguma deficiência, todos e todos...

Agora...Falando em deficiência (física, auditiva e visual).
O cara pra ser deficiente ele tem que ser bom, tem que ser forte, esse tipo de deficiência exige muita habilidade, muito jogo de cintura!
“Deficiência não é pra qualquer um não”. kkkkk

Voltando a Lei de Cotas: Ela ainda é necessária, é sim, não estamos preparados (Empresas e Empregados) para ficar sem ela ainda, mas acredito numa mudança gradual, que nos permita sermos Todos Iguais.

Mas... para sermos iguais precisamos de algumas atitudes!

Deficiente:
Você quer ser igual? Então seja igual para ganhar igual.
Quer ganhar mais? Quer aquela outra vaga? A única pessoa que pode alcançar é você!
Ninguém vai te ajudar, kkkk.
Então... Arregace as mangas, estude, especialize-se, você consegue!

Empresas:
Você quer se livrar da Lei de Cotas? Não consegue encontrar profissionais com deficiência que sejam qualificados para as vagas? Contrata qualquer pessoa com deficiência a fim de cumprir com a lei?
Então... Estou aqui pra te ajudar!
Se você quer que um funcionário deficiente seja igual aos outros funcionários, trate igual, a começar pela contratação.

“ Por conta de uma minoria que se esconde atrás de uma deficiência para ocupar vagas e cargos que jamais conseguiriam por sua formação e merecimento, uma grande maioria de profissionais Eficientes, batalhadores, inteligentes, esforçados, estudados e... altamente capacitados para lidar com suas próprias deficiências! São misturados como farinha no mesmo saco!

E, é está questão que quero apresentar aqui no meu blog, e que seja de ajuda para muitas empresas que estão “perdidinhas”, sem saber como lidar com nós “Deficientes Eficientes”, e que seja de grande ajuda também para meus colegas que já são ou, para aqueles que estão em busca de Eficiência.








sábado, 10 de maio de 2014

Aparelhos Auditivos Gratuitos

Meus novos aparelhos auditivos!
Há duas semanas estive em Bauru - SP, no Centrinho (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo), para testar os meu novos aparelhos auditivos, ganhei dois aparelhos da marca Oticon, veja a imagem abaixo. Eles são de ótima tecnologia e tem uma excelente qualidade de som.


Muitas pessoas me procuraram com dúvidas, sobre como marcar uma consulta nos lugares que doam aparelhos auditivos que menciono neste post, se era necessário comprar renda e, se os aparelhos eram doados apenas para pessoas de baixa renda. 

Não é necessário comprovar Renda, os aparelhos são doados para qualquer pessoa, independente da Classe Social.

*** Para marcar consulta no Centrinho em Bauru - SP:
Os interessados devem procurar informações no Setor de Caso Novo do Cedalvi, com a Paula: tel.: (14) 3234-3563 / 3235-8107. Tire suas Dúvidas
O Centrinho presta atendimento a pessoas de todos os lugares do Brasil e Exterior.

*** Para marcar consulta na Funcraf  GRANDE ABC e outras localidades:
 Os interessados devem procurar informações nos contatos:

SEDE - BAURU:
Rua José Ferreira Marques, 10-54 - Vila Universitária - CEP: 17012-200 - Bauru - SPFone (14) 2106-0900 / Fax 2106-0928     
funcraf@funcraf.org.br

UNIDADE - GRANDE ABC:
Av. Senador Flaquer, 130 - Vila Euclides - CEP: 09725-440 - São Bernardo do Campo - SP
Fone (11) 4122-6100

abc@funcraf.org.br

UNIDADE - CAMPO GRANDE:
Rua Quatorze de julho, 4827 - Monte Castelo - CEP: 79010-470 - Campo Grande - MS
Fone (67) 3368-6200

campogrande@funcraf.org.br

UNIDADE - ITAPETININGA:
Av. Padre Antonio Brunetti, 1262 - Vila Rio Branco - CEP: 18208-080 - Itapetininga
Fone (15) 3275-6100
itapetininga@funcraf.org.br
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Meus aparelhos auditivos: Linha do Tempo 

Os primeiros foram os coloridos, azul e vermelho, depois troquei pelos de cor bege que parecem "feijão", em seguida usei os aparelhos externos mas que ficam invisíveis, e agora ganhei os novos que são invisíveis também e são de ótima tecnologia.


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Gostaria que me ajudassem a divulgar alguns lugares que conheço que doam aparelhos auditivos. Se você conhece alguém que tenha deficiência auditiva, repasse esses contatos.
São três instituições, seguem dados:
Eu sou atendida há oito anos pelo CENTRINHO que fica na cidade de Bauru, consegui o atendimento lá porque morava em Minas Gerais. O Centrinho geralmente não atende quem mora em São Paulo, Capital, porque aqui existem lugares gratuitos para o tratamento auditivo e doações de aparelhos.
O Centrinho é o maior centro de tratamento craniofaciais da América do Sul.
Os tratamentos são gratuitos e os aparelhos auditivos também, eu já estou no 4º aparelho e todos foram doados. Vou uma vez por ano para Bauru, fazer os exames de rotina.
Acho legal ligar e tentar marcar consulta, mesmo se você morar na Capital de São Paulo.
Área de saúde auditiva: Envie um e-mail para:dsaagendamento@centrinho.usp.br ou ligue para (14) 3234-9374.
• Implante Coclear (CPA): Envie um e-mail para: spp@centrinho.usp.br ou ligue para (14) 3235-8168 / 3235-8188.
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FUNCRAF fica em São Bernardo do Campo, eu já fui tratada lá também.
Os tratamentos são gratuitos e os aparelhos também.
UNIDADE - GRANDE ABC:
Av. Senador Flaquer, 130 - Vila Euclides - CEP: 09725-440 - São Bernardo do Campo - SP

Fone (11) 4122-6100.

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O Cema também tem tratamento e aparelho gratuito, ligue e peça a área de doações de aparelhos. (11) 2602-8000.

Deficiente? Não! Eu Sou Eficiente!

Pra você meu amigo que ainda não sabia! Eu tenho deficiência auditiva bilateral profunda! Mas não se preocupe, eu também não sabia, rsrsr.

Há vinte anos fui diagnosticada como “surda” ou deficiente auditiva, hoje estou com 40 anos (obrigada pelos elogios que vão fazer agora... nossa tudo isso! Adoro, kkk), então faz 20 anos que descobri que não escutava bem ou, que não escutava bem quase nada!

Quero dedicar este site aos meus amigos deficientes auditivos, físicos e visuais que tive o prazer de conhecer, quando comecei a ocupar as vagas nas empresas destinadas aos “PCDs”.

Quero também poder contribuir com os pais de pessoas com deficiências, e de alguma maneira poder ajudá-los a incluir os seus filhos na sociedade de tal maneira, que eles sejam mais normais e eficientes do que as pessoas que são consideradas “normais” ou, sem deficiência.

Acredito que eu nunca teria a oportunidade de conhecer tantas pessoas com deficiências e, fazer tantas boas amizades nesse meio, se eu não fosse surda! Porque infelizmente ainda, somos uma sociedade à parte. Mas... já estamos mudando isso. E eu conto com vocês meus amigos, para mostrarmos o quanto somos Eficientes!
Vou contar apenas um pouquinho da minha história, para que todos vocês que visitam o meu blog, possam entender que não há limites quando se quer alcançar algo na vida, não há deficiência que impeça alguém de crescer e se desenvolver e, não há problema algum se focarmos na solução.

Capítulo 1 – A Explosão

Quando eu tinha 10 anos de idade, sofri um acidente com um forno de cozinha. Eu estava na nossa casa, um sobrado no bairro Pedra Branca em São Paulo, meus pais estavam separados, e duas tias, irmãs da minha mãe moravam conosco. Minha mãe e minha irmãzinha, na época com 4 anos de idade, estavam na parte de cima do sobrado, e minhas duas tias estavam no quintal lavando roupas. Eu provavelmente estava com fome e, resolvi fazer torradinhas. Cortei os pães em rodelas, passei manteiga, coloquei numa forma grande e... levei até o fogão, liguei o gás antes de ascender o fósforo (como toda criança faz), e... percebi que a grade do forno não estava encaixada direito, porque a forma ficava torta. Como eu já era muito perfeccionista, fechei o forno e fui procurar uma vela em baixo da pia, para enxergar o buraquinho de encaixe da grade, (tudo isso com o gás ligado). Tranquilamente eu encontrei a vela e a levei acesa para o forno, Pronto! O fogo queimou tudo o que viu pela frente, até a minha língua quando gritei. Queimou cabelo, sobrancelha, cílios, rosto e até um pouco do joelho.
Fui levada para o pronto socorro, não teve muito que fazer, passaram um óleo no meu rosto e onde teve queimaduras, graças à Deus foram queimaduras de primeiro e segundo graus, em mais ou menos 40 dias, eu já estava “bonita” de novo, rsr. Para quem se lembra desse corte, minha mãe pediu para a cabeleireira fazer pigmaleão, que era um repicado em toda a frente do cabelo, para disfarçar os queimados.
Mas... o grave da questão não foi percebido ao longo de 10 anos, quando eu fiz a minha primeira audiometria, na verdade fui forçada por uma amiga do trabalho a fazer este exame, ela vivia me dizendo que achava que eu era um pouco surda, porque muitas vezes eu estava ao lado do telefone, ele tocava e eu não atendia, na verdade eu não escutava, mas eu achava que estava distraída. Passei muito tempo pensando que eu era um pouco lerda, rsrs, achava que eu era devagar para entender as coisas, mas era exatamente o contrário. Por não saber que eu tinha perdido a audição, meu cérebro, meu corpo, meus sentidos deram um jeito, só sei que quando fui buscar o exame que constatava perda bilateral de 75%, descobri que eu lia lábios!! O médico me disse: Nossa, você tem uma leitura labial perfeita! Eu disse para o médico: Eu leio o quê? Kkkk.
Bom, por enquanto é isso, mas quero contar para vocês os prós e os contras de eu não saber dessa deficiência, considero ter muito mais prós, vou te contar no próximo artigo.